sábado, 16 de novembro de 2013

AUTISMO, HIPERSENSIBILIDADE AOS SONS E A MUSICOTERAPIA NESTA INTERMEDIAÇÃO




                  * Mt Nydia do Rego Monteiro



         Estudos da Universidade de Montreal (ZILBOVICIUS, 2004), revelam que nos autistas as mesmas regiões cerebrais são ativadas, tanto para vozes humanas e outros sons. Há um atraso médio de 11 milissegundos no processamento do som e da linguagem  no cérebro desta clientela. (ROBERTS, 2010) Vários estudos também já comprovaram que a conexão entre os neurônios desta clientela pode vir acompanhada de ruído ou barulho, como a estática de um rádio. A Musicoterapia como trabalha científicamente com  elementos sonoros só vem a somar no tratamento com esta clientela, conseguindo excelentes resultados. Inclusive devendo estar presente, o mais precocemente em um tratamento especializado com estas crianças que precisam ter sua adequação da escuta,  processamento sonoro do meio em que vivem para melhorar a interação e comunicação. “Sons ou estímulos visuais que são tolerados por crianças normais pode causar confusão, dor e medo em algumas crianças autistas... se o seu filho coloca frequentemente as mãos sobre os ouvidos, este é um indicador de sensibilidade ao ruído. O problema está no cérebro.” (  Dra Temple Grandim- Autista Norte americana conhecida mundialmente )Ainda segundo a Dra Grandin, " Sons não previsíveis, como de alarmes , causam medo e doem os ouvidos. Crianças com menor sensibilidade, às vezes aprendem a tolerar os sons dolorosos quando são treinadas e antecipam o som. Se puderem ser diminuídos os volumes, suavizados, melhor.Segundo GOMES,PEDROSO e WAGNER (2008)  não se conhece a causa da hipersensibilidade auditiva que é a mais comum da anormalidade sensório-perceptual do autista com uma prevalência que varia de 15 a 100%, de acordo com os autores citados acima (& BERNARDES, 2007). Em relação a hipersensibilidade auditiva, utilizando o limiar de desconforto, 63% dos autistas não suportam estímulos acima de 80 dB. Há uma relação direta com o sistema límbico, podendo haver diminuição da hipersensibilidade com a idade ou não. A musicoterapia , com seu profissional qualificado e uma avaliação e testificação bem específica, pode colaborar com esta dessensibilização no atendimento especializado e intervenção cada vez mais precocemente. Conseguindo assim trazer mais qualidade de vida a esta clientela e também facilitar a entrada de outros profissionais a um tratamento multidisciplinar bem sucedido e inclusão social. Entre outros objetivos como ainda a melhora do (a): comportamento, interação, comunicação, desenvolvimento neuropsicológico, entre outros.
      *   Musicoterapeuta – atende também a esta clientela desde 1998 encaminhados por neuropediatras.


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