segunda-feira, 16 de maio de 2011

DEDICAÇÃO MUSICAL TRAZ BENEFÍCIOS EM IDADE AVANÇADA

Dedicação musical traz benefícios em idade avançada


Estudo mostra que actividade forma protecção natural contra perdas cognitivas

2011-04-26
Mente de músicos continua afiada em idade avançada.As muitas horas dedicadas à aprendizagem da música trazem benefícios a longo prazo, segundo mostrou um estudo publicado no jornal «Neuropsychology», da Associação Americana de Psicologia.
A investigação indica que aqueles que tocaram instrumentos musicais durante anos a fio parecem formar uma protecção natural contra perdas cognitivas, que costumam ocorrer durante a terceira idade.
Mesmo que essas pessoas tivessem parado em determinado momento das suas vidas, a mente continua a mostrar-se afiada em idade avançada, quando comparada com os que nunca aprenderam música.
Um grupo, formado por 70 músicos com idade entre 60 e 83 anos, submeteu-se a variados testes de memória e habilidade e os resultados mostraram que quem tocou música durante pelo menos uma década apresentava melhor desempenho e benefícios cognitivos. Ou seja, quanto mais as pessoas tocam, mais benefícios terão no futuro.
O piano foi o instrumento mais popular entre os músicos, seguido dos instrumentos de sopro. Todos os voluntários eram amadores e tinham em comum o facto de terem iniciado aulas de música por volta dos dez anos.
O estudo também considerou a preparação física e o nível educacional dos participantes. Os investigadores descobriram ainda que existia uma relação entre a capacidade cognitiva e os anos de actividade musical, para além de consideraram o facto de os voluntários continuarem ou não envolvidos com música.
A descoberta mostra que o funcionamento cerebral pode ser alterado e a música pode ser um assunto para considerações futuras porque envolve uma combinação de capacidades motoras, leitura, audição e acções repetitivas.
http://www.cienciahoje.pt/index.php?oid=48691&op=all



segunda-feira, 2 de maio de 2011

QUESTIONÀRIO SIMPLES PODE ANTECIPAR DIAGNÒSTICO DE AUTISMO


Teste foi realizado com crianças de um ano e permitiu a antecipação do tratamento

2011-04-29



Estudo envolveu dez mil bebésFazer um pré-diagnóstico do autismo até aos 12 meses de idade pode estar ao alcance de um questionário simples de 24 perguntas sobre gestos, compreensão e comunicação. Demora apenas cinco minutos a ser respondido e revelou-se um bom instrumento para identificar os primeiros sinais do distúrbio em crianças, de acordo com um estudo publicado no “Journal of Pediatrics".



Este trabalho americano foi o primeiro a demonstrar que uma simples ferramenta de triagem pode ser usada para detectar o autismo, sendo que a sua principal vantagem consiste em poder-se iniciar o tratamento muito mais cedo do que o habitual, sublinhou Karen Pierce, investigadora do Centro de Autismo da Universidade da Califórnia, nos EUA, e primeira autora do estudo.

Normalmente, o autismo é diagnosticado mais tarde, quando os primeiros sintomas são notados pelos pais, pelo que o seu tratamento começa, em média, aos seis anos. Contudo, quanto mais cedo for detectado e o tratamento iniciado, melhor pode ser o desenvolvimento e a aprendizagem da criança.



Neste estudo, a equipa de Karen Pierce reuniu um grupo de 137 pediatras em San Diego, que, ao longo de um ano, fizeram o questionário aos pais de todos os bebés que os consultavam. Foram colocadas perguntas como “Quando o seu filho brinca, procura saber se está a olhar para ele?” ou “ O seu filho sorri a olhar para si?”.



Dos mais de dez mil bebés envolvidos no estudo, 184 “reprovaram” nos testes e, quando as respostas sugeriam sintomas de autismo, as crianças eram sujeitas a exames mais complexos, realizados semestralmente até aos três anos.



Foi assim verificado que do grupo que demonstrou alguns sintomas, 75 por cento dos elementos tinham, efectivamente, algum problema. O diagnóstico de autismo foi feito em 32 crianças; 56 apresentaram atrasos na fala; nove tinham atrasos comportamentais e 36 foram classificados com outros problemas.



Depois desta triagem, os bebés diagnosticados com autismo ou algum atraso no desenvolvimento e 89 por cento das que tinham atrasos na linguagem foram encaminhados para terapias adequadas, em média, aos 17 meses, começando a ser tratadas aos 19 meses, muito antes da idade em que tal começa a acontecer.



A eficácia deste teste no diagnóstico do distúrbio levou a que 96 por cento dos pediatras envolvidos no estudo continuassem a usá-lo como ferramenta de triagem.
Teste simples pode antecipar diagnóstico de Autismo
 http://www/. cienciahoje.pt